Nem
todos os dias desta vida são cor-de-rosa. E, pessoalmente, gosto de pensar que
tudo é efémero. Talvez seja um realista, um quebra-sonhos ou até alguém sem
qualquer esperança no futuro, mas quem pode condenar-me? A vida raramente me
sorriu e quando o fez teve a intenção de levar algo de volta. Portanto, para
quê sonhar?
Claro
que sim, adorava viver o ‘American Dream’, passear nas ruas de Nova Iorque, boa
companhia, viver histórias gloriosas e, quem sabe, poder viver de algo
associado a junção de palavras, com o rabo sentado na cadeira o dia todo atrás
de um magnifico computador, com um jornal e uma bebida refrescante ao lado.
Aliás, talvez o maior sonho, não só meu, mas de todas as pessoas é ter uma vida
melhor. Uma vida sem preocupações, num sítio bonito rodeado de pessoas que
gostamos. E é bonito pensar assim, mas depois destes pensamentos sempre surge
sempre a pergunta: “como?”
Nada
bom é fácil e ninguém dá nada a ninguém. Qualquer sonho utópico que possa ter
vai acabar por cair por terra mais cedo ou mais tarde quando esbarrar na grande
parede a que chamam ‘Realidade’. Talvez por me esfregarem tanto a cara nessa
tal de Realidade fez-me perceber certas coisas. Tornou-me um pouco mais frio
que o comum mortal e tirou-me a esperança desse futuro incerto que por ai anda.
Talvez
sonhar seja bom, mas e se já não souber como se faz?
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