15 de julho de 2010

Lisboa

Como vais tu velha Lisboa?
Cansada te vejo. Meio sonolenta pela manhã, deixas penetrar por essas grandes torres finos raios de luz que fazem o teu encanto. Deixei de ver em ti qualquer tipo de animais. Os únicos que vejo movem-se apenas com duas patas e usam fatos elegantes, imaculados, pronto para mais um dia de labor. São apáticos para contigo, bocejam pelo cansaço que lhes transmites, ó Lisboa.

Olá. Passou mais um avião por mim. Este leva para longe de ti mais umas dezenas de pessoas que tanta tua falta sentirão.

Sinto agora o sol tórrido. Como tal, vou para a tua sombra. Percorro em ti metade do teu corpo. Hoje conheci-te como nunca antes.

Anoitece.
Digo-te adeus. Amanhã eu volto.

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