18 de abril de 2010

Confia em mim

Quando eu era pequenino quis aprender a andar de bicicleta. À medida que ganhei confiança pedi para me tirarem aquelas pequenas rodinhas de apoio e de começar a tentar andar. Ao início mal andava. Enquanto arriscava o pé sempre no chão era o melhor apoio.
Mas, tal como em mil brincadeiras, espetei-me no chão. Um dói-dói no joelho. Tanto sangue! Acho que vou morrer. "Mamããã!" E lá vinha a o betadine e o que fosse preciso para desinfectar, o penso, o carinho e o beijinho no dói-dói para curar mais depressa.
Obrigado por lá teres estado. Nessa e nas outras brincadeiras todas em que me magoei.
O problema é que hoje, hoje as brincadeiras são outras. E ninguém me disse que havia brincadeiras que iriam doer mais do que um joelho esfolado, um dedo partido ou uma cabeça aberta.
A ferida? Eu não a encontro. Pelo que dizem ela está por aí num sítio chamado coração.
O que eu queria mesmo era um beijinho no dói-dói.
E agora? Onde está a mamã?

3 comentários:

  1. ESTÁ LINDO !!! :O

    estou impressionada Diogo :)

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  2. sem duvida , adorei este post primo.
    as feridas quando éramos pequenos saravam e os nossos pais nessas alturas até podíamos chamar de pais, agora magoamos e é bom aprendermos com a dor, mas por vezes aquela cura de mãe ou de pai, é necessária e agora raramente a temos como deve de ser.

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  3. Não veio aqui nenhum gajo comentar, mas está pretty awesome.

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