23 de abril de 2010


... quando dás por ti – e se te conseguires encontrar, talvez no lado mais escuro, naquele sítio que ninguém deseja. Passa um rio à tua frente, mas não passa, porque a água está parada. Tal como tu. Tens umas pedras nas mãos e umas lágrimas nos olhos, tu só as consegues jogar fora. A tua cabeça entra de novo em cena. Ela tinha ficado para trás quando ouvias apenas o coração. Sim, tu lembraste. E se o fizeste uma vez, pode voltar a acontecer. Fazes até um esforço para te esqueceres.

Passam-te mil e uma perguntas na cabeça, muitas sem resposta. Ficas perplexa a ver o rio parado e, tal como ele, à espera que venha uma brisa que te puxe de novo para o "mundo dos sonhos", onde até já foste feliz. Porque o que estragou os sonhos não foi a realidade, mas maneira de os viveres. E esperas incolor, cinzenta como o céu, sem respostas. Até à pergunta derradeira:

“Onde é que foi que eu falhei?”

E a brisa aquece-te e atira-te outra vez para onde não querias ter vindo, embora...





prometes: à próxima, não será assim

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